quarta-feira, 12 de março de 2008

NOTÍCIAS: JORNAL DO COMMERCIO (PE) DE HOJE


Incubadoras buscam novos horizontes (Publicado em 12.03.2008)
Comitiva do Porto Digital vai à Espanha conhecer experiência inovadora de incubaçãoJacques Waller
jwaller@jc.com.br


O sistema de incubação do Brasil vai decolar. Pelo menos no que depender de uma comitiva que embarcou semana passada para trocar experiências com incubadoras da Espanha. Desde o último sábado, o consultor do Porto Digital e líder do Centro de Referência para Novos Empreendimentos (Cerne) da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), Marcos Suassuna, está na cidade de Barcelona conhecendo o Barcelona Activa, mistura de parque tecnológico, centro de incubação de empresas e projeto de reaproveitamento do espaço urbano da capital catalã.
Suassuna embarcou com representantes da própria Anprotec e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A idéia, explica ele, é incrementar o processo de melhores práticas dos programas-âncora de incubação, como o do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar), com o objetivo de dar saltos de qualidade no desenvolvimento de novos empreendimentos. “Não queremos só melhorar a incubação, mas sim dar saltos de qualidade cada vez maiores e melhorar as empresas incubadas”, diz Suassuna.
Ainda segundo Suassuna, a visita pode ter impacto direto no Porto Digital. O grupo pretende fazer um estudo comparativo entre as experiências brasileira e espanhola para identificar o que pode ser aprimorado no País e, devido à semelhança conceitual entre os parques de Barcelona e do Recife, muito da experiência do outro lado do oceano pode ser aproveitada na capital pernambucana.
“A idéia é comparar e entender a relação do Barcelona Activa em um ambiente muito parecido com o do Porto Digital. Estamos cheios de expectativas pelo que pode gerar de implementos ao sistema de incubação do Brasil e ainda que tipo de desenvolvimento pode ser gerado para o Recife”, conta.
Suassuna diz que o Cerne, iniciativa criada no ano passado e ainda em fase de estruturação, tem como objetivo a prospecção e análise de métodos para a melhoria dos spin-offs, momento em que as empresas se desligam da incubadora e entram de vez no mercado. “A Anprotec tem uma série de cursos de capacitação para empresas incubadas e o Cesar será um dos primeiros a receber essas capacitações com novos processos”, destaca o consultor.
Até o meio do ano, o Cerne deve estar formatado. A próxima etapa, segundo Suassuna, é captar recursos para implementar as capacitações nas 15 incubadoras-âncora do País. A comitiva brasileira fica na Espanha até o próximo sábado. Até lá serão seis reuniões: três com o Barcelona Activa e outras três com o 22@, o distrito revitalizado da cidade espanhola que abriga empresas de tecnologia.


Modelo de incubação pede mudanças


Especialistas apontam necessidade de segmentação das incubadoras e definição de métricas que avaliem adequadamente sucesso das empresasO modelo de incubação de empresas de base tecnológica precisa mudar. É o que dizem especialistas locais envolvidos na área há mais de dez anos. Eles só não chegaram ainda a um consenso sobre o rumo das mudanças. Especialização temática, foco nos jovens empreendedores, métricas para determinar o sucesso dos empreendimentos e a quebra do protecionismo e aumento dos riscos envolvidos na incubação são todas propostas de novos processos que, de uma forma ou de outra, já estão sendo implantadas nas empresas que ainda estão sendo chocadas no ninho da incubação.
De acordo com o gerente de incubação do Cesar, Eiran Simis, as incubadoras precisam incorporar uma série de mudanças. A maior preocupação delas atualmente é aumentar as oportunidades de negócios dos novos empreendimentos, ou seja, identificar mais boas idéias para gerar mais empresas de qualidade. Para isso, segundo Simis, o caminho é focar a incubação no ensino médio. “Por muito tempo as incubadoras trabalharam com as universidades. Mas hoje a gente quer ver a incubação mais próxima do ensino médio, junto do jovem empreendedor”, conta.
Ainda de acordo com Simis, também devem ser criadas métricas para determinar o sucesso de um processo de incubação. “O que é sucesso? É conseguir realizar o spin-off, ou é obter um crescimento X em um determinado tempo? Temos que saber medir isso. Uma forma é saber quanto as empresas estão faturando”, conta. Crítico, Simis acredita que o modelo de incubação adotado pela maioria das agências é muito protecionista e que o risco da incubadora deve estar envolvido no processo.
“As incubadoras têm que deixar de ser condomínios de empresas e passar a ter compromisso com o sucesso das incubadas. As incubadoras devem ser pagas, claro, mas não pelo espaço que disponibilizam, mas pelo sucesso do empreendimento”, dispara. “Mas isso é um processo difícil, já que a maioria das incubadoras é pública. Mas o modelo de gestão poderia ser mais flexível”, completa.
Os custos mensais de empresas incubadas são de R$ 500 em média e incluem, além do espaço físico, conexão com internet e energia e capacitação dos sócios da empresa. O Cesar, explica Simis, cobra “bem mais caro”, mas fornece o capital de risco inicial do empreendimento. À medida que vai se aproximando o spin-off, as ações da empresa são repassadas aos sócios da incubada. Atualmente, o Cesar tem três empresas incubadas – Meantime, AI Leader e Hive Log.
Nem tão engessado, mas ainda longe de ser sócio das empresas, a Incubadora do Instituto Tecnológico de Pernambuco (Incubatep) há três anos adotou um modelo de administração mais flexível que, segundo seu gerente, Geraldo Magela, facilitou vários processos de aquisição de material e melhorias para as incubadas. Mas segundo Magela, as mudanças não param por aí e a tendência é que, cada vez mais, incubadoras de base tecnológica se especializem em campos bem definidos.
“Nós éramos uma fundação e agora somos uma organização social, o que nos deu fluidez nos processos. Mas não temos condições de sermos sócios das empresas. Como a Incubatep é multissetorial, fica complicado. Mas a tendência é que cada vez mais as incubadoras se especializem em setores”, conta. Magela diz que a mudança é um processo natural e já está em andamento.
Antes, segundo Magela, 75% das incubadas eram da área de Tecnologia da Informação. Atualmente, a procura continua grande, mas diminuiu para 50%. O que é natural, já que o Cesar e o Porto Digital se desenvolveram muito nesses anos. E até acho bom. Eles entendem de software bem mais que nós”, conta Magela, que diz que o foco da Incubatep hoje é automação, prototipagem e medicina. Hoje, há 17 empresas incubadas na Incubatep. Todo ano, cerca de dez novos projetos são incorporadas no processo de incubação do instituto, que tem duração de dois anos.
“Incubação dificilmente vai ser um empreendimento sustentável e deve ser política de Estado”, opina o consultor do Porto Digital, Marcos Suassuna, que acredita que a incubação em Pernambuco avançou muito nos últimos anos, mas que ainda há muito o que fazer, especialmente no campo da formação dos profissionais. “Acho que avançamos no modelo e a maturidade do ambiente do Estado fez com que as coisas melhorassem. Mas a universidade ainda forma gente para ser empregado. Tem que haver um reforço no campo do empreendedorismo”, destaca.
Segundo dados da Rede Pernambucana de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Incubanet), atualmente há 64 empresas de base tecnológica incubadas no Estado. Ainda de acordo com informações da Incubanet, existem dez incubadoras de tecnologia associadas à entidade e mais duas ainda não associadas em Pernambuco. (J.W.)


Empresas de Pernambuco ganham mercado nacional


Casos bem-sucedidos não faltam na incubação de empresas de tecnologia em Pernambuco. Algumas incubadoras, como o Cesar, comemoram 100% de sucesso nas empresas que terminam o processo de incubação. De lá, saíram empreendimentos hoje líderes em seus segmentos, como a especializada em inteligência artificial Neurotech, que começou como uma unidade de negócios do Cesar em 2000 e se desligou da incubação há cerca de cinco anos. De acordo com o diretor de negócios da Neurotech, Germano Vasconcelos, o processo de incubação facilita muito a criação de empresas, especialmente no fornecimento de infra-estrutura.
Também do Cesar, mas ainda incubada, a Meantime já é referência nacional na área de jogos para celulares. A empresa está há mais de três anos no “ninho” e ganhou prêmio de empresa incubada mais inovadora em 2006. Mas apesar do tempo de incubação, o diretor executivo da Meantime, Haim Mesel, considera que talvez ainda não seja o momento de fazer o spin-off.
“Ainda não definimos nossa estratégia para o ano. Estamos olhando o nosso mercado e ele ainda está em consolidação. Então, é cedo para dizermos se vamos sair da incubação”, diz Mesel, que vê na incubação um elemento fundamental para o desenvolvimento de seus negócios. “Sem a incubação não teríamos esse sucesso”, comenta.
Outros que comemoram o sucesso graças à alavanca da incubação são os sócios da empresa especializada em automação industrial Mecatronic, instalada na Incubatep. De acordo com um dos sócios, o engenheiro Denis Leite, os três anos de incubação fizeram com que a empresa conseguisse uma boa carta de clientes, suficiente para que eles realizem o spin-off este ano.
“Estamos em fase de pós-incubação. É um momento transitório, já que agora nossos gastos ainda são pequenos. Quando sairmos, iremos para um empresarial, com todos os seus custos e só teremos o apoio indireto do Itep. Mas já temos uma carta de clientes que nos permite sair do ninho”, comenta Leite. De acordo com ele, apesar de a preocupação atual ser o custo com infra-estrutura, o maior benefício da incubação foram os cursos de capacitação e consultoria.
Outro caso de sucesso é a empresa especializada em jogos para computadores Preloud, que começou incubada na Matriz Empreendedora do Recife (Mater) das Faculdades Integradas do Recife (FIR). A empresa, que estreou com um projeto ambicioso de criar um jogo de ação 3D, encontrou um nicho de mercado na Alemanha. Os jogos, voltados para garotas adolescentes, são dos mais vendidos naquele país. (J.W.)

Incubadoras recrutam novos empreendimentos


Jovens empreendedores com boas idéias para novos negócios já podem começar a afiar seus argumentos. Pelo menos duas incubadoras de empresas de base tecnológica do Recife estão abertas a novos projetos. Uma que deve abrir edital para incubação em breve é a Matriz Empreendedora do Recife (Mater), ligada às Faculdades Integradas do Recife (FIR). A incubadora, que passou por uma reformulação no último ano e atualmente tem uma empresa incubada, deve abrir edital para selecionar dois novos projetos em abril.
De acordo com o coordenador da Mater, Luís Rodrigues, a Matriz deverá dar preferência a projetos de alunos da própria faculdade. Em segundo lugar, serão considerados empreendimentos cuja equipe tenha pelo menos um aluno da FIR. No entanto, Rodrigues afirma que projetos não ligados diretamente à instituição não serão descartados.
Empreendedores com projetos de inovação também podem procurar o Cesar, que sempre está em busca de novas unidades de negócios. A incubadora do centro não tem número determinado de vagas e tudo depende da oportunidade apresentada e do espaço disponível na sede da instituição.
Estão abertas ainda as inscrições para a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Incubatep). Até o dia 28 deste mês, as empresas interessadas em concorrer a uma das seis vagas oferecidas devem enviar suas propostas em modelo eletrônico para o site da entidade.
A Incubatep oferece salas com pontos de telefone e acesso à internet, suporte técnico e assessoria gerencial, além de orientação no planejamento estratégico das incubadas, plano de negócios e apoio para participação em congressos e cursos.
O coordenador do Incubatep, Geraldo Magela, afirma que serão priorizados projetos que possam contribuir com os grandes empreendimentos em instalação no Estado, principalmente no pólo de Suape. “Não adianta possuirmos projetos dessa envergadura no Estado e termos que importar gente e serviços de outros lugares. Então, este ano queremos empresas que orbitem em torno desses empreendimentos-âncora”, conta Magela.
Além dos setores petroquímico e de suporte ao estaleiro, também serão priorizados projetos nas áreas de biotecnologia, bioengenharia, eletroeletrônica e eletrônica embarcada. Os resultados serão divulgados no próximo dia 4 de abril e a taxa de inscrição é de R$ 50. (J.W.)
» serviço
Edital do Incubatep – www.itep.br/editalincubatep
FIR – www.fir.br
Cesar – www.cesar.org.br

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INCUBANET NA SEMANA GLOBAL DO EMPREENDEDORISMO

Entrevista com Mauricio Shneck, coordenador da INCUBANET e Luciano Ayres, da empresa incubada I2, falando sobre Empreendedorismo ao Jornal Hoje.

PROGRAMAÇÃO PARA SEMANA GLOBAL DE EMPREENDEDORISMO

A INCUBANET já está com programação definida para a Semana Global de Empreendedorismo, evento mundial de estímulo à ação empreendedora, idealizado pelo instituto Endeavor, que acontece entre os dias 17 e 21 de novembro.
A Semana Global de Empreendedorismo é um movimento que acontece concomitantemente em 54 países, tendo como foco principal a ação empreendedora. Surgido na Inglaterra, onde já agrega nove mil empresas e quinhentas mil pessoas, se alastrou para os Estados Unidos, onde estão envolvidas duas mil instituições e 480 mil pessoas e este ano chega ao Brasil, com perspectiva de envolver meio milhão de pessoas e duas mil entidades. O objetivo é mobilizar, conectar e inspirar o maior número de pessoas possível para a atitude empreendedora.
Na programação da INCUBANET haverá palestras, workshops e talk show, que acontecerão no Centro de Educação do SEBRAE-PE, instituição parceira da INCUBANET no desenvolvimento dessas ações. Durante a realização das atividades, também haverá um “Balcão de Incubadoras” aos participantes que quiserem mais informações sobre o funcionamento dessas instituições. Durante a Semana Global a INCUBANET também levará palestras acerca do tema “Empreendedorismo e Incubação de Empresas” a instituições de ensino superior. No último dia de atividades (21/11) as incubadoras de empresas associadas à INCUBANET farão um “Open Day” para que as pessoas possam conhecer “in loco” o funcionamento de empresas incubadas. Também neste dia a Financiadora de Projetos FINEP realizará o Seed Fórum, voltado para empresas pré-selecionadas que apresentarão planos de negócios a investidores.

Para mais informações sobre os eventos da Incubanet durante a Semana Global, bem como sobre inscrições, basta enviar um e-mail para info@incubanet.org.br ou telefonar para (81) 3425-4731.

A INCUBANET

Recife, PE, Brazil
A INCUBANET é a rede de incubadoras de empresas de Pernambuco. A Rede agrega 10 incubadoras de empresas e mais de 60 empresas incubadas do estado, além dos parques tecnológicos Porto Digital e Olinda Digital. A incubação de empresas funciona como um processo de apoio ao desenvolvimento de empreendimentos ou empresas nascentes, com a promoção de condições específicas, através do qual empreendedores podem desfrutar de instalações físicas, de ambiente instrucional e de suporte técnico e gerencial no início e durante as etapas de desenvolvimento de negócio. Entre os papéis desempenhados pela INCUBANET está o de congregar essas ações.

Entre no grupo de Discussão da INCUBANET

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SEMANA GLOBAL DE EMPREENDEDORISMO

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